Este fim de semana vi um clássico do cinema, que eu já tinha ouvido falar, mas nunca tive oportunidade de assistir: "Sob o Céu que nos Protege", livro de Paul Bowles, e dirigido por Bernardo Bertolucci.
O filme conta a história de um casal norteamericano que resolve viajar até o Marrocos numa tentativa de ressuscitar uma relação desgastada, e junto com o casal vai um amigo, que, na verdade, revela-se um obstáculo para a retomada da paixão amorosa.
A viagem de Port e Kit Moresby - o casal em crise - é, na verdade, um afastamento consciente da modernidade e dos valores burgueses. Durante esta viagem, as histórias vão sendo contadas, diante de uma paisagem belíssima e de uma realidade africana muito dura.
A narrativa de O Céu Que Nos Protege é considerada uma das mais belas da história do cinema: as tomadas panorâmicas, os planos longos, a música melancólica e as paisagens deslumbrantes, ajudam a contar essa que é uma história de amor e de busca de si mesmo. Port procura reencontrar o amor de Kit, ao mesmo tempo que procura se afastar da modernidade e do progresso.
Já Kit, no fim do filme, parece estar saindo de uma crise de loucura, com tatuagens nas mãos e nos pés. Uma imagem de alguém que tentou pular para fora da história, de sua própria história, e não conseguiu, perdendo sua identidade ao tentar encontrar um sentido para tudo o que ela passou.
Um filme profundo, e ao mesmo tempo, sensível. A fotografia do filme é, simplesmente, deslumbrante.
Recomendo muito assistirem!
Bjos
Nenhum comentário:
Postar um comentário